Como a Ferrari pegou o espírito da icônica F40 e a transformou em uma obra-prima híbrida de 841 cv para um único dono.

Existem carros que marcaram época, e existe a Ferrari F40. Para quem viveu os anos 80 e 90, ela não era apenas um carro, mas um pôster na parede, um sonho de consumo e um símbolo de performance pura. Agora, a Ferrari decidiu responder a uma pergunta fascinante: como seria a F40 se ela fosse criada hoje? A resposta tem nome e sobrenome: Ferrari SC40.



Nascida no programa de "Projetos Especiais" da marca – a divisão que cria carros únicos para clientes especiais –, a SC40 é uma homenagem direta e cheia de estilo. O design, liderado pelo mestre Flavio Manzoni, buscou a essência da F40: o capô longo e baixo, as proporções mais quadradas e, claro, a inconfundível asa traseira fixa, que aqui ganha um toque de classe pintada em branco.

Se a F40 original já era um monstro com seu motor V8 biturbo de 478 cv, a SC40 eleva o jogo a um patamar completamente novo. Ela usa o mesmo conjunto mecânico da moderna 296 GTB, combinando um motor 3.0 V6 biturbo com um propulsor elétrico. O resultado dessa união é uma potência combinada de 841 cavalos e um torque de 76,5 kgfm.

Em números, isso se traduz em uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 segundos e uma velocidade máxima que passa dos 330 km/h. O mais interessante é a filosofia: enquanto a F40 era uma máquina que dependia puramente da habilidade (e coragem) do piloto, a SC40 usa aerodinâmica ativa e controles eletrônicos para domar toda essa potência com inteligência. É a força bruta da velha guarda com a precisão da tecnologia atual.

O que torna a SC40 ainda mais especial não é só sua performance, mas sua exclusividade. Haverá apenas uma unidade no mundo. Isso mesmo. O projeto levou cerca de dois anos para ser concluído, com o felizardo proprietário participando ativamente de todo o processo de desenvolvimento junto à marca.

Por dentro, as referências continuam com materiais como o Carbono-Kevlar e o tecido Jacquard vermelho, acenos diretos ao cockpit da F40.

No fim das contas, a SC40 é mais do que um supercarro. É uma ponte entre duas eras, provando que é possível honrar um legado lendário e, ao mesmo tempo, construir algo totalmente novo e impressionante. Algumas lendas não morrem, elas apenas evoluem.