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créditos: Getty Images

Já que o mundo não acabou...

Dizem que essa é a etapa de uma nova consciência, de um novo ideal para o mundo perfeito. Não acredito nisso. Cada dia é um novo dia para recomeçar e aprender que não é preciso esperar o famoso fim do mundo, a virada do ano ou a ressaca de um carnaval para começar algo. Não sabemos o dia de amanhã. Cada dia é um recomeço, uma nova vida, uma última vida ou o primeiro dia de uma nova etapa. O lado legal da mudança é que ela pode ser feita a qualquer momento. Não existem regras, nem limites.

Gosto de muito do termo árabe shakur, que representa o ato de ser grato por tudo na vida, de ser alguém iluminado para algo, de um propósito. E digo isso pois a cada minuto vemos um mundo cada vez mais conectado pela rede e menos idealizado pelas pessoas cada vez mais comerciais. As classes sociais crescem financeiramente, mas a sociedade empobrece intelectualmente a cada dia.

Sempre gostei muito do mês de dezembro pelo espírito natalino e o desejo do bem estar que as pessoas despertam. Infelizmente boa parte esquece o ato em si no dia seguinte. E nós, que estamos tão acostumados com tudo? Com o sentimento vago de desejar algo bom somente no dia do Natal e esquecer o resto depois?

Neste Natal passei por uma experiência que até então não esperava. Vi que muitas das crianças abandonadas nunca tinham visto um Papai Noel, sequer sabiam o que ele era ou representava. Era algo novo, estranho para eles ter alguém que lhes proporcionava sentimentos bons.

Ter vivido este momento e observado alguns fatos que a mídia insiste em revelar, confesso que não suporto dois termos muito usados por aí: sustentabilidade e consciência social. P*ta que o pariu! As pessoas mal dão bom dia para o porteiro e querem ter moral para algo? Jogam lixo na rua e não se importam com a pessoa ao lado? Consciência social é puro marketing do novo milênio. Ou você é consciente e condiz com isso, ou não me venha com conversa.

Pego aqui, então, a ideia de um grande amigo meu com um simples porém perfeito conceito. Já pensou em dedicar 1% do seu dia para o bem, seja ele o mais simples ato possível? Parece pouco, mas 1% representa menos de 15 minutos do seu dia ou três dias de seu ano.

Aí muitos vão usar a famosa desculpa: ´não tenho tempo´. Me desculpe, o que não falta é tempo, minha gente. Ele é o mesmo para todos. O que falta, sinceramente, é foco. Quinze minutos para dedicar a alguém, seja ele quem quer que seja, é algo fácil e tem uma força imensurável.

A necessidade faz a ocasião. Experimente ficar três dias sem comer. O valor de um prato de comida é totalmente diferente do que você necessita em uma situação normal. Sendo assim, tudo é uma questão de dependência e da importância que damos a certos fatos, e isso sim pode interferir na vida das pessoas ou no seu dia a dia.

Nem eu, nem ninguém consegue mudar o mundo da noite para o dia, mas compartilhe uma situação comigo: em uma vasilha cheia de água, imagine que seu gesto é apenas um pingo vermelho. Perceba como uma simples gota dissemina toda sua cor e ideal em um espaço muito maior. Ou seja, independente do tamanho da sua intenção ou ação, ela se espalha por onde passa.

Por menor que seja a dose, seu gesto é percebido e compartilhado por muitos. Isso é doação! E isso também pode ser aplicado no trabalho, na família, no dia a dia. Doar não é se gabar, não é falar, não é gastar dinheiro. Doar é seguir um dos princípios da espiritualidade: permissão.

As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, as que tê mais dinheiro ou os melhores prêmios. São aquelas que se preocupam conosco, que cuidam de nós. Aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado e que, com um simples gesto, fazem a diferença naquele ambiente, naquela rotina.

Muitos podem interpretar o que estou falando de forma errada ou ofensiva. Se interpretar dessa forma, me desculpe, mas a carapuça serviu. Se entendeu da forma correta, concluo com uma frase: benvindo ao mundo dos insatisfeitos, dos inquietos, dos prepotentes! ´Somos aquela gente louca... Com um quê de bom senso, e um quezão de abstração. Um pé no chão e outro no céu. Ora caminhando, ora flutuando. Gente que vê além da compreensão comum. Gente que vê que é preciso voar pra ir mais além.´





Gustavo Sana



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