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A era do espelhamento...

Nunca foi tão comum, e importante para as pessoas a técnica de rapport. O espelhamento, que consiste em uma técnica na qual você escolhe alguém, uma pessoa que você admire ou queira se comunicar e então copiar seus gestos, movimentos e outras características. O objetivo é criar uma conexão, uma empatia durante a comunicação. Esta abordagem é muito usada no jornalismo, para entrevistas com cunho emocional, para se aproximar do entrevistado. Mas agora que você está lendo sobre ela, você identifica algumas pessoas que praticam o espelhamento nas suas vidas quotidianas?

Ainda que o boom dos coachs tenha passado, seguimos temos muito caminho pela frente quando falamos em buscar mentores para nos inspirar e direcionar nossas vidas. Na década passada (entre 2010 e 2020) os coachs estavam dominando o mundo, movendo do sofá e dos escritórios desatualizados as pessoas que estavam cansadas dos seus trabalhos medíocres e sem emoções. Foi muito bom, pois apareceram no mercado profissionais incríveis antes adormecidos ou esquecidos em outras áreas. Muitas mulheres também tiveram seus gritos de liberdade, ganhando empoderamento e independência financeira.

Mas vamos combinar que tudo tem limite, não é? Estamos num momento onde os coachs e supostos mentores nos motivam a fazer coisas que deveríamos estar fazendo normalmente. Vejo em anúncios patrocinados alguns desses magos da internet falando que o homem deve começar seu dia arrumando sua cama, fazendo seu café, indo para o trabalho com ânimo e garra. Um tal de empoderamento masculino. Alguém então paga para ouvir um ‘mentor’ te dizer para fazer o seu café da manhã? Eu até fico curiosa em saber quem seria responsável por isso, mas nem preciso perguntar. Fica a reflexão: se você não fizer, quem fará? 

A chamada geração Nutella está ganhando proporções absurdas! Pagar para ouvir um conselho que a sua mãe deveria ou até deu para você, passa dos limites meu amigo! Faz uma retrospectiva aí na sua cabeça: quando você estava na escola e sofria bullying, como você reagia? Você se chateava (lógico!), chorava de raiva (lógico!) e saía para resolver. Se chegasse em casa contando para os pais poderia ter duas opções: levar umas palmadas ou passar vergonha com a mãe ou pai indo atrás do amigo que te ofendeu (essa parte era horrível, vamos combinar!). 

E agora quando você briga com a sua namorada ou esposa, faz como? Arrumar uma mochila e ir para casa da sua mãe para ela passar a mão na sua cabeça e dizer que você não merece isso? Ou enfrenta o problema e resolve? Precisa então de um coach/mentor para te dizer que você tem que ter garra para enfrentar os desafios diários e dizer não para o mala do seu chefe que quer te mandar para uma viagem do outro lado do mundo perto do seu aniversário de 40 anos? Não querendo parafrasear meu avô, mas toma jeito de homem rapaz! 

Na verdade, é muito mais sobre postura em qualquer ocasião. Estou apenas deixando claro que é meio absurdo contratar um coach para te ensinar a fazer o café (e se achar melhor que as outras pessoas por isso), te dizer para enfrentar a dor de uma separação com dignidade, recusar um trabalho que você não suporta para ir atrás de algo maior e que você ame fazer. Esses conselhos a gente já escutava dos avós, dos nossos pais. De uma forma diferente, claro. Hoje com uma nova roupagem, mas com a mesma essência! 

A minha conclusão é que as pessoas estão tão acomodadas e achando que têm poder de influência e reclamação que duas comunidades foram geradas: as que enfraqueceram e se entregaram e as que ficaram com a simples ideia de curar quem enfraqueceu. E quem tem atitude é que sai na frente!

Esses tempos ouvi numa rede social a frase de um dos grandes mentores da nova galera que citou um provérbio oriental que é perfeito para esse momento: “Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”. Não é sobre isso? 


Mariana Goulart



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